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Sei agora como nasceu a alegria,
como nasce o vento entre barcos de papel,
como nasce a água ou o amor
quando a juventude não é uma lágrima.
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É primeiro só um rumor de espuma
É primeiro só um rumor de espuma
à roda do corpo que desperta,
sílaba espessa, beijo acumulado,
amanhecer de pássaros no sangue.
.É subitamente um grito,
um grito apertado nos dentes,
galope de cavalos num horizonte
onde o mar é diurno e sem palavras.
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Falei de tudo quanto amei.
Falei de tudo quanto amei.
De coisas que te dou
para que tu as ames comigo:
a juventude, o vento e as areias.
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Eugénio de Andrade
Eugénio de Andrade
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4 comentários:
Flor,
Lindo o poema e mais lindas ainda as entrelinhas; é nelas que se encontra a juventude.
Beijos!
Alcides
Flor! Na beleza de poema como escreve Eugénio de Andrade,e de igual forma navegar em barcos de papel e esperança.
Beijinho e agradeço visita
Alcides,
Eugenio de Andrade é mestre em falar nas entrelinhas.
Uma noite de paz, poeta!
Bjs.
Lisa,
Teu carinho sempre presente aqui enriquece o Interlúdio!
Bjs. e uma noite de paz!
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