.
.
Do lado mais calado do tempo
podemos falar das mãos das mães,
tão frágeis, quando trazem nas costas
a febre dos filhos.
Podemos sentir o rosto perturbado
das crianças que nos mostram a boca
mordida pela fome.
Podemos querer de volta o fascínio
dos papagaios de papel e do tempo
em que não faltava ninguém
nas fotografias da família.
Graça Pires
in "O silêncio: lugar habitado"
.
2 comentários:
não gosto da solidão, mas convivo com ela.
abraços
de luz e paz
Hugo
Tamanha delicadeza em meu blog só poderia ter vindo mesmo de uma FLOR.
Que teu jardim seja sereno e perfumado sempre.
Adorei a visita.
bjão
Milene
Postar um comentário