Imagem via Pinterest
Quis um dia que um poeta me amasse.
Agora doem-me os poemas no corpo,
algo de mim que nele se reconhece até
partir a imagem de tudo quanto fui.
Agora queria que me amasse tanto que deixasse
de amar-me e suas palavras fossem neve
que o sol de Junho fundisse no meu peito,
ali onde seu hálito teima em acalmar
esta tristeza antiga que sempre me acompanha.
Chantal Maillard
Agora doem-me os poemas no corpo,
algo de mim que nele se reconhece até
partir a imagem de tudo quanto fui.
Agora queria que me amasse tanto que deixasse
de amar-me e suas palavras fossem neve
que o sol de Junho fundisse no meu peito,
ali onde seu hálito teima em acalmar
esta tristeza antiga que sempre me acompanha.
Chantal Maillard
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