.
Sei que tens as mãos cheias
de pedras rútilas do ódio
para atirar contra o meu rosto
quando a algum dia eu passar,
triste, à hora do sol-posto.
.
No entanto, sem que o percebas,
busco os teus olhos de arco-íris
e, muita vez, meu pensamento,
sem sequer o pressentires,
pousa em teu ódio sem igual,
como uma absurda borboleta
que pousasse as suas cores
bem na ponta de um punhal
.
Bem na ponta de um punhal
em cuja aparência tranqüila
um gesto futuro cintila...
Para meu bem? Para teu mal?
.
Cassiano Ricardo
Nenhum comentário:
Postar um comentário