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Havia, ontem à noite, tanta estrela
A tremer, a luzir n’água do lago,
ue eu pensei que era o céu
Que, por artes de algum mago,
Tinha descido à terra, de repente! ...
Parei-me junto ao lago, contemplando ...
E as estrelas, uma a uma,
Como espuma,
À flor d’água tremiam, refulgiam ...
Mas pouco a pouco foram reduzindo
O seu brilho,
E desapareceram ...
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Olhei o céu:
Lá estavam todas elas
A tremer, a brilhar! ...
Por certo riam
Da minha ingênua confusão ...
Que importa! ...
As estrelas do céu também se apagam.
Terra e céu cabem juntos
Dentro do mesmo sonho e da mesma ilusão ...
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Emilio Kemp
Um comentário:
Querida amiga Flor, adorável Emílio Kemp, um poeta tão maravilhoso e esquecido, mas agora lembrado por nós. Parabéns.
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