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Quem é que na planície abandonada
Vai andando com luz, que até dá medo?
À noite, ninguém passa pela estrada
E o lugar em que moro dorme cedo.
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Que horas serão? Deve ser madrugada.
Insone, já me tem acontecido
Ficar por longas horas à janela
Vendo o dia que nasce e a pôr sentido,
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A ver se sei enfim que luz é aquela,
Luz que já é familiar, embora estranha,
E por tanto me haver surpreendido
Principio a pensar que me acompanha.
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Ribeiro Couto
em Poesias Reunidas
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Quem é que na planície abandonada
Vai andando com luz, que até dá medo?
À noite, ninguém passa pela estrada
E o lugar em que moro dorme cedo.
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Que horas serão? Deve ser madrugada.
Insone, já me tem acontecido
Ficar por longas horas à janela
Vendo o dia que nasce e a pôr sentido,
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A ver se sei enfim que luz é aquela,
Luz que já é familiar, embora estranha,
E por tanto me haver surpreendido
Principio a pensar que me acompanha.
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Ribeiro Couto
em Poesias Reunidas
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2 comentários:
Eu sou da planície, compreendo muito bem este poema.
Beijinho
Oi, Ana... deve ser mesmo lindo a vida na planície! Por aqui temos muitas montanhas e montes, e a luz do sol sempre aparece por tràs das elevações!
Beijinhos!
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