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Só
de pó
Deus o fez.
Mas ele, em vez
de se conformar,
quis ser sol, e ser mar,
e ser céu... Ser tudo, enfim!
Mas nada pôde! E foi assim
que se pôs a chorar de furor...
Mas — ah! — foi sobre sua própria dor
que as lágrimas tristes rolaram. E o pó
molhado, ficou sendo lodo — e lodo só!
Guilherme de Almeida
in "O Livro das Horas de Sóror Dolorosa"
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Um comentário:
Flor,
Interessante a estrutura do poema: na base o lodo só e no topo a solidão, só.
Beijos!
Alcides
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