Fotografia de Laura Makabresku
Uma noite,
quando o mundo já era muito triste,
veio um pássaro da chuva e entrou no
teu peito,
e aí, como um queixume,
ouviu-se essa voz de dor que já era a tua
voz,
como um metal fino,
uma lâmina no coração dos pássaros.
quando o mundo já era muito triste,
veio um pássaro da chuva e entrou no
teu peito,
e aí, como um queixume,
ouviu-se essa voz de dor que já era a tua
voz,
como um metal fino,
uma lâmina no coração dos pássaros.
Agora,
nem o vento move as cortinas desta casa.
O silêncio é como uma pedra imensa,
encostada à garganta.
José António Baptista
2 comentários:
Oi Dalva!Não sei se foi aqui que te visitei da outra vez...amo poesia,poemas...preciso ler mais poesia,não conhecia este autor.Um beijo!
Oi, Anne!
Bem-vinda aqui no Interlúdio também!
Sinta-se a vontade. Tem poemas para todo gosto. Poetas conhecidos e mais novidades.
Beijos!
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