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Passa o navio ao largo dos meus olhos.
(Os meus olhos, agora, são azuis,
Imensos e navegáveis…)
Passa moroso, como um desejo
Insatisfeito.
Passa, e morre desfeito
Em bruma de ilusão
Na curva do horizonte cruciante
Que cerca a solidão
De quem sonha, tolhido, um cais distante…
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Miguel Torga
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