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Se o coração batesse mais
Não apanharia tanto
Seria um músculo bombado
Quem sabe, anabolizado
E sem razão, pobre coitado
Como bate naquela cadência
De um garoto que, sem paciência,
Nos empurra rumo ao abismo
Abismo que nem sempre é queda
Que nem sempre é pesar
Abismo que as vezes é o risco
Que encontramos ao amar
E o que somos sem riscos?
Ilustres coadjuvantes
Cabeças cheias de razão
Emoções insignificantes
Melhor o músculo fraco
Apanhando dentro do peito
Que o valente batendo insensato
Ao contrário, no lado direito...
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Angelo Portilho
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