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Atada a múltiplas cordas
Vou caminhando tuas costas.
Palmas feridas, vou contornando
Pontas de gelo, luzes de espinho
E degredo, tuas omoplatas.
Busco tua boca de veios
Adentro-me nas emboscadas
Vazia te busco os meios.
Te fechas, teia de sombras
Meu Deus, te guardas.
A quem te procura, calas.
A mim que pergunto escondes
Tua casa e tuas estradas.
Depois trituras.
Corpo de amantes
E amadas.
E buscas
A quem nunca te procura.
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Hilda Hilst
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