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Morrer...Dormir... Nada mais!
Termina a vida
E com ela terminam nossas dores:
Um punhado de terra, algumas flores,
E às vezes uma lágrima fingida!
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Sim! Minha morte não será sentida;
Não deixo amigos, nem tive amores,
Ou se os tive, mostraram-se traidores,
Algozes vis de uma alma consumida.
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Tudo é podre no mundo. Que me importa
Que ele amanhã se esb'roe e que desabe,
Se a natureza para mim é morta!
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É tempo já que meu exílio acabe...
Vem, pois, ó morte, ao nada me transporta!
Morrer...Dormir...Talvez sonhar...Quem sabe?
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Francisco Otaviano
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Morrer...Dormir... Nada mais!
Termina a vida
E com ela terminam nossas dores:
Um punhado de terra, algumas flores,
E às vezes uma lágrima fingida!
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Sim! Minha morte não será sentida;
Não deixo amigos, nem tive amores,
Ou se os tive, mostraram-se traidores,
Algozes vis de uma alma consumida.
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Tudo é podre no mundo. Que me importa
Que ele amanhã se esb'roe e que desabe,
Se a natureza para mim é morta!
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É tempo já que meu exílio acabe...
Vem, pois, ó morte, ao nada me transporta!
Morrer...Dormir...Talvez sonhar...Quem sabe?
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Francisco Otaviano
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4 comentários:
"Vem, pois, ó morte, ao nada me transporta!"
Não adianta pedir nem implorar. Até para os suicidas a morte só vem na hora certa.
Beijos!
Alcides
Querida Flor:
Como dizia minha sábia avó Ana: deixa a morte, minha filha, pois na hora exacta ela há-de chegar. É tão certa que só precisamos viver.
Angustiante e verdadeiro.
Sorri amiga.
Beijinho
Alcides,
Francisco Otaviano descreve um daqueles momentos de extrema angustia e depressão, momentos que infelizmente fazem parte da vida. Assim é a vida: feita de momentos, uns de alegria outros nem tanto!
Beijos!
Oi, Ana!
Sábia sua avó! Certamente este momento depressivo de Francisco Otaviano deve ter-lhe sido cultivado no trato com a política, que muito tomou do seu tempo!
Grande beijo!
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