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Fotografia de Chris Everard
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Lá se vai a casa
cheia de medos da infância
e malas confidentes.
Os caminhos a levam.
Da viagem
o cansaço acomoda
panelas, móveis
e minha coleção de selo.
O assoalho geme à falta de intimidade.
A noite cuida do meu quarto:
olhos sonolentos tropeçam
na áspera parede de chapisco
— montanhas intransponíveis.
Amanhã saberei teus cheiros,
tua voz e o segredo de tuas cores.
Hoje não tenho a chave da porta.
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Augusto Sérgio Bastos
in Rascunho
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4 comentários:
Toda mudança deixa-nos sem a chave da porta. Belo poema. Lindíssima foto. Um abraço, minha querida amiga.
Minha querida Flor
Lindo poema...amei.
Beijinhos
Sonhadora
Amiga:
As mudanças são coisas terríveis...mas renovar é bom.
Gostei muito deste poema.
Espero que andes bem e que tenhas dias tranquilos.
Beijinho
Flor,
Muitas vezes não queremos ou não aceitamos, mas mudar é crescer.
Beijos!
Alcides
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