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Certa madrugada fria
irei de cabelos soltos
ver como crescem os lírios.
Quero saber como crescem
simples e belos — perfeitos! —
ao abandono dos campos.
Antes que o sol apareça
neblina rompe neblina
com vestes brancas, irei.
Irei no maior sigilo
para que ninguém perceba
contendo a respiração.
Sobre a terra muito fria
dobrando meus frios joelhos
farei perguntas à terra.
Depois de ouvir-lhe o segredo
deitada por entre os lírios
adormecerei tranqüila.
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Henriqueta Lisboa
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6 comentários:
Flor. Poema feito de belas palavras e sentimentos,que ficou bem no meu pensamento plea simplicidade.
Beijinhos de amizade Lisa
Amiga querida
Estou ficando viciada no seu blog. Agora passo por aqui todos os dias e fico apreciando seu bom gosto.
Beijos e bom fds.
Helena
O lírio é criminoso pelo cheiro que ele tem. Eu também só criminoso por ter amar e te querer bem.
abraços
de luz e paz minha amiga.
Hugo
Imagino os sonhos que virão embalados do perfume!
Um beijo e bom fim de semana, Flor!
Mel
Definitivamente não posso deixar de comentar:
_ Pela simplicidade, pela beleza, pelo encanto, pela poesia, pel'"Os Lírios";...
...creio cada vez mais que a providência divina ou universal colocou Interludio-anoII, na minha vida, inclusive como antitese da minha própria existência!...
Bendita Flor, Divina
Olá,
O teu blogue é de facto de grande qualidade e sensibilidade, tanto na selecção da poesia, como das imagens.
Gostei bastante deste poema aos lírios, porque tudo é muito transparente e muito suave.
Beijinhos,
Manuela
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