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Minha grande ternura
Pelos passarinhos mortos;
Pelas pequeninas aranhas.
Minha grande ternura
Pelas mulheres que foram meninas bonitas
E ficaram mulheres feias;
Pelas mulheres que foram desejáveis
E deixaram de o ser.
Pelas mulheres que me amaram
E que eu não pude amar.
Minha grande ternura
Pelos poemas que
Não consegui realizar.
Minha grande ternura
Pelas amadas que
Envelheceram sem maldade.
Minha grande ternura
Pelas gotas de orvalho que
São o único enfeite de um túmulo.
Manuel Bandeira
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4 comentários:
Tristes e duras realidades.
Beijo
Manuel Bandeira vale a pena ler
Obg por passar no blog
Volte sempre..
Abraço
olá mais bela flor!!!
"...Minha grande ternura
Pelos passarinhos mortos;...
...Pelos poemas que
Não consegui realizar..."
sabe que uma vez eu vi uma pombinha agonizando,fiquei tão triste,meus olhos encheram de lágrimas é como se eu sentisse a dor dela e quanto ao outro verso que citei é que muitas vezes pensamos em poemas,palavras como transportar ao papel versos e muitas vezes não se consegue este ato e sabemos que ficaremos sem realizar um simples poema.
e quanto ao patinho não é meu mas é de uma tia minha até pensei em trazer mas a viagem seria muito longa e ele não aguentaria e sempre quis um pato e estou pensando na possibilidade de pegar um para criar porém eles precisam de espaço neh?!
boa noite!!!
Bom dia, querida Flor. Maravilha, o poema do Bandeira, na singeleza um monumento de poesia. Linda a música 'Dust in the wind', tudo a ver com o poema do Bandeira. Integração na arte, isso faz teu espaço ficar tão aconchegante, tem muito de tua criação. Bjos.
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