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fotografia Marcos Gamberini
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Devagar, devagar... A noite dorme
e é preciso acordar sem sobressalto.
Sob um manto de sombra, denso, informe,
o mar adormeceu a sonhar alto.
Devagar, devagar... O rio dorme
sobre um leito de areias e basalto...
Malhada pela neve a serra enorme
parece um tigre a preparar o salto.
E dorme o vale em flor. Dormem as casas.
Nenhum rumor. Nenhum frémito de asas.
Nada perturba a noite bela e calma.
E dormem os rosais, dormem os cravos...
Dormem abelhas sobre o mel dos favos
e dorme, na minha alma, a tua alma.
Fernanda de Castro
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4 comentários:
Ai que lindo Flor...amei este poema!
Um beijo e estava com saudades de passar por aqui! :))
Como vou dormir muito tarde, fico a ouvir o som da madrugada.
Beijos de bom fim de semana.
Helena
Minha querida Flor
que lindo este poema, uma grande poetiza.
Beijinhos
Sonhadora
Olá, sou o autor da foto, gostei de vê-la
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