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Fotografia de João Parassu
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Tendo lido os jornais
— infectado a mente, e nauseado os olhos —
descubro, lá fora, o azul do mar
e o verde repousante que começa nas samambaias
da sala
e recrudesce nas montanhas.
Para que perco tantas horas do dia
nessas leituras necessárias e escarninhas?
Mais valeria, talvez, nas verdes folhas, ler
o que a vida anuncia.
Mas vivo numa época informada e pervertida.
Leio a vida que me imprimem
e só depois
o verde texto que me exprime.
Affonso Romano de Sant’Anna
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4 comentários:
Fascinante!!
Abraços
de luz e paz
Hugo
Florzinha...
Lendo estes versos senti uma saudade de passear no campo...
Saudades de você também!
Beijinho.
Que falta nos faz o convívio com a natureza!
Bjs.
Verde que te quero verde! Triste sina a nossa que vivemos nesta cidade tão cinza, com notícias tão cheias de chumbo!
Bjs.
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