“Cheiro de café subindo até o quarto cedo de manhã,
às vezes o céu mal clareando;
o inesquecível aroma da madrugada, de plantas e terra e orvalho.
Eu descalça no alto da escada, a avó subindo para me dar a mão - eu
pequena demais para a aventura, tantos degraus na penumbra em curva.
Sentadas à mesa - pois meu avô descia mais tarde – éramos duas damas
compartindo aquela intimidade feminina do servir e comer e falar trivialidades,
e silenciar – e ainda sinto o sabor dos seus maravilhosos bolos,
de receitas que jamais anotou ou ninguém soube gardar.”
.
Lya Luft in “Mar de Dentro”
às vezes o céu mal clareando;
o inesquecível aroma da madrugada, de plantas e terra e orvalho.
Eu descalça no alto da escada, a avó subindo para me dar a mão - eu
pequena demais para a aventura, tantos degraus na penumbra em curva.
Sentadas à mesa - pois meu avô descia mais tarde – éramos duas damas
compartindo aquela intimidade feminina do servir e comer e falar trivialidades,
e silenciar – e ainda sinto o sabor dos seus maravilhosos bolos,
de receitas que jamais anotou ou ninguém soube gardar.”
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Lya Luft in “Mar de Dentro”
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