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Amor... Hoje estou triste... Nesses dias
a vida de repente se reduza um punhado de inúteis fantasias...
... Sou uma procissão só de homens nus...
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Olho as mãos, minhas pobres mãos vazias
sem esperas, sem dádivas, sem luz,
que hão semear vagas melancolias
que ninguém vai colher, mas que compus...
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Amor, estou cansado, e amargo, e só...
Estou triste mais triste e pobre do que Jó,
- por que tentar um gesto? E para quê?
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Dê-me, por Deus, um trago de esperança...
Fale-me, como se fala a uma criança
do amor, do mar, das aves... de você!
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J. G. de Araujo Jorge
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