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Não rabisquei poemas no teu colo,
mas deixei nele as marcas dos meus dentes,
e foram tantas marcas que o consolo
dos beijos se fazia sempre urgentes.
.
Não naveguei canções no teu pescoço,
mas afoguei a língua nas enchentes
dos veios transbordados no alvoroço
das chuvas de cristais incandescentes.
.
Hoje o silêncio é amigo dos sonetos,
que se vestem de estrelas, sem poesia,
— Poesia é o sumo doce dos teus seios —,
.
mas neles guardo os sonhos incompleto
se cumpro a sina e solto a cantoria,
tingindo de saudade os devaneios.
.
Nathan de Castro
Não rabisquei poemas no teu colo,
mas deixei nele as marcas dos meus dentes,
e foram tantas marcas que o consolo
dos beijos se fazia sempre urgentes.
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Não naveguei canções no teu pescoço,
mas afoguei a língua nas enchentes
dos veios transbordados no alvoroço
das chuvas de cristais incandescentes.
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Hoje o silêncio é amigo dos sonetos,
que se vestem de estrelas, sem poesia,
— Poesia é o sumo doce dos teus seios —,
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mas neles guardo os sonhos incompleto
se cumpro a sina e solto a cantoria,
tingindo de saudade os devaneios.
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Nathan de Castro
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