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Tuas mãos têm a idade do medo
trancadas por dentro da fé
colecionam quinquilharias
limpam a poeira dos quadros
viram as páginas dessa história
envelhecendo de hora em hora
apegadas ao que ficou preso
nas cores dum outro entardecer
são feitas de misericórdia, as tuas mãos
atiram esmolas aos pedintes
acenam esperança aos moribundos
conduzem à luz os desesperados
alimentam pacientemente os enfermos
estancam o fluxo nervoso da dor
mas não sabem afagar os anjos
que escapam do céu ao anoitecer
(és o deus que me vigia
os passos
o bufão que me perdoa
os erros
a mentira que me preserva
a sanidade
o sopro de loucura que me suspende
a vida)
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Douglas Dias
Douglas Dias
4 comentários:
Amei teu canto, Flor, amo poesia.
Obrigada pela presença lá no Cris.
Eu volto e te espero lá também.
Beijão.
Passeando pelo mundo dos blogs, eis que cheguei aqui por "acaso" e fiquei encantada com este blog lindo e perfumado!
Adorei teu cantinho minha querida!
Parabéns pelo bom gosto e pelo belíssimo trabalho!
Um abraço e uma ótima semana pra você!
Levei teu link lá pro Alma Poeta ok?
Um beijo!
Serena.
Obrigada Flor
Humm que música! que poesia bela!
Obrigada pelo link ao Viart e hj mesmo fiz uma nova postagem.
Se tiver um tempinho volte lá... a poesia anda solta.
Bjus e conte comigo amiga.
Flor, agradeço pela tua visita no blog! E este espaço é cheio de encantos de mãos que tecem!
Beijos pra ti.
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