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Anda-se a rir, a rir dentro de mim,
Com as lívidas faces desbotadas
Um estranho palhaço de cetim,
Rasgando em dor meu peito às gargalhadas!
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Sobe aos meus olhos sempre a rir assim -
Espreitando as figuras malsinadas
Que não se vestem nunca de arlequim,
Mas andam pela vida disfarçadas.
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Na sombra dos meus cílios, emboscado,
Ri, no meu olhar frio e desolado,
Escondendo-se atónito e surpreso
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E quando desce à triste moradia,
Vem mais louco e soberbo de ironia
Na irrisão dum sarcástico desprezo!
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Judith Teixeira
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