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Pousa a tua cabeça dolorida
Tăo cheia de quimeras, de ideal,
Sobre o regaço brando e maternal
Da tua doce Irmă compadecida.
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Hás-de contar-me nessa voz tăo querida
A tua dor que julgas sem igual,
E eu, pra te consolar, direi o mal
Que a minha alma profunda fez a Vida.
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E hás-de adormecer nos meus joelhos...
E os meus dedos enrugados,velhos,
Hăo-de fazer-se leves e suaves...
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Hăo-de pousar-se num fervor de crente,
Rosas brancas tombando docemente,
Sobre o teu rosto,como penas de aves...
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Florbela Espanca
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