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Imagem da Web
A poesia
quando chega
não respeita nada.
Nem pai nem mãe.
Quando ela chega
de qualquer de seus abismos
desconhece o Estado e a Sociedade Civil
infringe o Código de Águas
relincha
como puta
nova
em frente ao Palácio da Alvorada.
E só depois
reconsidera: beija
nos olhos os que ganham mal
embala no colo
os que têm sede de felicidade
e de justiça
E promete incendiar o país
.
Ferreira Gullar
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A poesia
quando chega
não respeita nada.
Nem pai nem mãe.
Quando ela chega
de qualquer de seus abismos
desconhece o Estado e a Sociedade Civil
infringe o Código de Águas
relincha
como puta
nova
em frente ao Palácio da Alvorada.
E só depois
reconsidera: beija
nos olhos os que ganham mal
embala no colo
os que têm sede de felicidade
e de justiça
E promete incendiar o país
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Ferreira Gullar
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7 comentários:
Viva a poesia.
Vivam as artes.
Beijo
Abençoada Flor que criou e sustenta este (quase) divinalmente belo Blog!
Ou será que Deus existe?! E se existe, será que o mesmo tem a ver com esta beleza ou terá a ver com o terror? È que há que espalhe terror em nome de Deus! Por mim prefiro de todo acreditar que Deus tem a ver com esta beleza. A partir de que o terror possa derivar dos que perderam a fé e a esperança na beleza. Ou será que o terror è belo e/ou contém beleza?
Por mim prefiro acreditar que quem espalha terror, não conhece: Interlúdio
P.s. O terror veio-me á mente em sequência deste divinalmente belo contexto, quiçás porque me fascinam os paradoxos e as ambiguidades da vida...
Victor Barão
olá linda flor!
"embala no colo
os que têm sede de felicidade
e de justiça
E promete incendiar o país"
o dia em que eu sumir não procure estarei por aí a por fogo no mundo!
ps:minha mãe sempre pergunta isso,se eu coloquei fogo no mundo!
bjus e tenha uma boa noite!
Flor que hino maravilhoso à poesia!
A imagem ilustra bem o processo: por menos poético que seja o dia-a-dia, a poesia ilumina-o e ganha vida própria; estala da rotina, da pressa, do sofrimento...faz-se Amor.
Beijinho amiga
Mas bah, Flor.
Ferreira é genial, afinal a poesia como as pessoas, tem sua adolecência, seu tempo de rebeldia, de loucuras, mas como nós, amadurece, transforma-se em amor, compaixão e caridade...Vira uma indignação pacífica.
Parabéns pela escolha, como sempre de muito bom gosto.
PS.: Vou linkar este post lá no ARTeiro, com sua licença é claro.
Flor,
Linda a definição da poesia, essa arte incoerente que ama e odeia, que denuncia injustiças e anuncia alvoradas.
Beijos!
Alcides
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