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Trabalho o poema sobre uma hipótese:
o amor que se despeja no copo da vida, até meio,
como se o pudéssemos beber de um trago.
No fundo, como o vinho turvo,
deixa um gosto amargo na boca.
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Pergunto onde está a transparência do vidro,
a pureza do líquido inicial,
a energia de quem procura esvaziar a garrafa;
e a resposta são estes cacos que nos cortam as mãos,
a mesa da alma suja de restos,
palavras espalhadas num cansaço de sentidos.
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Volto, então, à primeira hipótese. O amor.
Mas sem o gastar de uma vez,
esperando que o tempo encha o copo até cima,
para que o possa erguer à luz do teu corpo
e veja, através dele, o teu rosto inteiro.
Nuno Júdice
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3 comentários:
Flor, passei para lhe desejar um Feliz 2010, creio que ainda é tempo, não? Beijo!
Minha Flor querida... vim para me deliciar e mergulhar no teu espaço.
Beijos de boa noite.
Helena
Flor,
Um brinde ao amor!
Beijos!
Alcides
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