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Dúzias de pregos soltos 4 alfinetes de fralda
1 rolo de fita isolante que nem teve serventia
6 retratos 3x4 (fora o do relicário de prata)
1 chave de fenda 1 calcinha de renda
1 clave de lua pena de passarinho
asa de borboleta raiozinho de sol
caixinhas de música conchinhas
a coleção de pedras 1 colar de pérolas
aquele salto alto que nunca foi lá
missal de madrepérola são jorge no santinho
assassinando o dragão com 1 canivete suíço
9 segredos sufocados nos laços da fita amarela
1 soluço a última ilusão
todos os beijos que eu dei todas as bugigangas
[que juntei]
todos os parafusos que perdi
(quase esquecido de lado escondido entre rimas
[rasgadas]
e a flor no mal-me-quer 1 martelo torto e
[sem cabo]
de tanto bater na saudade)
Silvana Guimarães
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7 comentários:
Lindoooo.
abraços
Hugo
Flor:
Muito lindo.
beijinho de boa noite
Minha querida flor
Lindissimo poema, gostei muito.
Beijinhos
Sonhadora
Adorei...lindo.
Já reli.
Beijo
Muito lindo este poema desta postagem. Como lindos os outros, o do Fernando Pessoa sobre o relógio ocupando a noite é uma maravilha. Primor de fotos, querida amiga, teu espaço é maravilhoso. Fico muito honrado com a presença de meu poema aqui, o da dama da noite. Muito obrigado, continue nos oferecendo tantas maravilhas. Bjos. Ah, me esqueci, a música de fundo é linda tb.
Flor,
Muitas vezes a caixa de ferramenta traz escondido um relicário.
Beijos!
Alcides
Fantátistico! Quanta sensibilidade!
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