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Como te chamas, pequena chuva inconstante e breve?
Como te chamas, dize, chuva simples e leve?
Teresa? Maria?
Entra, invade a casa, molha o chão,
Molha a mesa e os livros.
Sei de onde vens, sei por onde andaste.
Vens dos subúrbios distantes, dos sítios aromáticos
Onde as mangueiras florescem, onde há cajus e mangabas,
Onde os coqueiros se aprumam nos baldes dos viveiros
e em noites de lua cheia passam rondando os maruins:
Lama viva, espírito do ar noturno do mangue.
Invade a casa, molha o chão,
Muito me agrada a tua companhia,
Porque eu te quero muito bem, doce chuva,
Quer te chames Teresa ou Maria.
Joaquim Cardozo
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8 comentários:
Querida Flor
Chamar a chuva de Teresa ou Maria, bem original.Acho que é a Marisa Monte que canta a chuva como "um barulhinho bom".
Às vezes também gosto de chuva, mas minha querida, estamos a entrar no tempo bom, e agora só quero é mesmo sol bem quentinho.
Beijinhos p'ra ti.
Isabel
O barulhinho da chuva é muito gostoso, mais gostoso ainda é o cheirinho de terra molhada que ela traz...
Lindo poema, linda escolha!
Boa noite, querida!
Eu também não quero saber de chuva tão cedo... mas o poema é uma doçura!
Boa noite, amiga!
Tlin... tlin faz a chuva no meu telhado! Chove aqui, Flor!
Beijinhos.
A chuva sempre me provoca nostalgia, e que ela não se faça tão íntima assim a ponto de chamá-la por um nome!
Bjs.
Se for assim, inconstante e breve, até posso querer bem, sentir o cheirinho que ela traz. Lindos versos, bela escolha!
Uma noite tranquila, Florzinha!
Bjs.
Nossa, gosto muito das suas postagens, são de muita sensilidade
;)
Um abraço,
Geraldo.
Flor,
Um poema delicioso: chuva, caju e uma gostosa companhia de alguém especial, seja Teresa ou Maria.
Beijos!
Alcides
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