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Olha pela janela azul do meu olhar
sereno e transparente, onde se esconde calma
a misteriosa esfinge eslava que é minh’alma.
Mergulha os olhos teus no mundo em perspectiva
que se adivinha atrás de uma pupila esquiva.
Verás, por certo, desdobrar-se alma adentro,
na paisagem agreste, a estepe soberana.
E para que não pise a estepe imaculada
o duro sapatão de algum mujique alvar,
eu ando sempre alerta e trago bem guardada
a paisagem de neve oculta em meu olhar.
Helena Kolody
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2 comentários:
Minha querida
Lindo poema.
deixo o meu carinho e um beijinho.
Sonhadora
Flor,
A paisagem de neve oculta no olhar, muitas vezes se incendeia.
Beijos!
Alcides
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