Fotografia daqui
As marcas sépias do tempo
nos livros da minha infância
são como luzes que se perdem
na distância do navio que se liberta do cais
Os livros da minha infância
guardam sonhos de terras distantes,
de cavaleiros andantes
e poetas, jograis, cancioneiros,
de princesas e marinheiros
das barcas vicentinas
que dobravam bojadores,
e frades de negras batinas.
As marcas sépias do tempo
nos livros da minha infância
são o espelho das rugas
que desenham no meu rosto
os caminhos que percorri
desde que os li,
os livros da minha infância
Jorge Santiago
2 comentários:
Sem palavras... apenas digo, lindo demais!
Oi, Flor!
Amo até hoje os livros da minha infância!
Amo tanto que passei aos meus filhos para lerem também, e digo que adoraram.
Tudo da infância é bom e mágico, quando ela é boa, é claro!
Lindo poema.
Linda música.
É sempre gostoso vir aqui.
Um beijo e até mais!
Com carinho,
Gislene.
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