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Faze de mim o sentinela de teus longes,
faze de mim o ouvidor do rochedo;
dá-me que os olhos meus eu arregale
por sobre a solitude de teus mares;
deixa-me ser o leito de teus rios,
infenso ao grito de qualquer das margens,
bem longe, para alem do som das noites!
Dança-me por tuas vazias terras
pelas quais os mais largos ventos passam
e onde claustros, como muros enormes,
encerram tantas vidas nao vividas.
Lá ficarei eu entre os peregrinos,
das vozes e das atitudes deles
isolado não mais por mentira nenhuma
e atrás de idosos cegos
seguindo a senda que nenhum conhece
.
Rainer Maria Rilke
Faze de mim o sentinela de teus longes,
faze de mim o ouvidor do rochedo;
dá-me que os olhos meus eu arregale
por sobre a solitude de teus mares;
deixa-me ser o leito de teus rios,
infenso ao grito de qualquer das margens,
bem longe, para alem do som das noites!
Dança-me por tuas vazias terras
pelas quais os mais largos ventos passam
e onde claustros, como muros enormes,
encerram tantas vidas nao vividas.
Lá ficarei eu entre os peregrinos,
das vozes e das atitudes deles
isolado não mais por mentira nenhuma
e atrás de idosos cegos
seguindo a senda que nenhum conhece
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Rainer Maria Rilke
Um comentário:
Rilke é um dos meus poetas prediletos!
Belíssimo esse poema, Flor!
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