"Elegia Para a Adolescência"

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. E enfim descansaremos sob a verde
resistência dos campos escondidos.
Nem pensaremos mais no que há de ser de
nós que então seremos definidos.
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No mar que nos chamou, no mar ausente,
simples e prolongado que supomos
seremos atirados de repente,
puros e inúteis como sempre fomos.
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Veremos que as vogais e as consoantes
não são mais que ornamentos coloridos,
frutos das nossas bocas inconstantes.
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E em silêncios seremos transformados,
quando formos, serenos e perdidos
além das coisas vãs precipitados.
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Carlos Pena Filho