Naquela casa (em tempos) acolhedora,vive agora uma alma emparedada.
A lareira, ainda acesa, espalha o seu calor
e a multicolorida dança das suas chamas.
Para além do crepitar do doloroso grito da lenha,
a ser queimada, nenhum outro som está presente,
a não ser o das batidas das horas de um antigo relógio.
Nos pratos da mesa, ainda posta com requinte,
emboloram os bolos.
Na cama desfeita, por noites brancas, mal dormidas,
espreguiça-se o vazio.
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Helena Domingues
2 comentários:
Que lindo poema! Dá uma sensação de abandono!
Lindo mesmo! Beijos e ótimo fim de semana pra você!
Foi só hoje que conheci o seu blog e gostei muito.
Vou voltar outras vezes.
Tk
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