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Pelo que não fiz, perdão!
Pelo tempo que vi, parado, correr chamando por mim,
pelos enganos que talvez poupando me empobreceram,
pelas esperanças que não tive e os sonhos
que somente sonhando julguei viver,
pelos olhares amortalhados na cinza de sóis
que apaguei com riscos de quem já sabe,
por todos os desvarios que nem cheguei a conceber,
pelos risos, pelas lágrimas, pelos beijos e mais coisas,
que sem dó de mim malogrei— por tudo, vida, perdão!
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Adolfo Casais Monteiro
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Pelo que não fiz, perdão!
Pelo tempo que vi, parado, correr chamando por mim,
pelos enganos que talvez poupando me empobreceram,
pelas esperanças que não tive e os sonhos
que somente sonhando julguei viver,
pelos olhares amortalhados na cinza de sóis
que apaguei com riscos de quem já sabe,
por todos os desvarios que nem cheguei a conceber,
pelos risos, pelas lágrimas, pelos beijos e mais coisas,
que sem dó de mim malogrei— por tudo, vida, perdão!
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Adolfo Casais Monteiro
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