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Sigamos o cherne,
minha amiga!
Desçamos ao fundo do desejo
Atrás de muito mais que a fantasia
E aceitemos,
até, do cherne um beijo,
Senão já com amor, com alegria...
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Em cada um de nós circula o cherne,
Quase sempre mentido e olvidado.
Em água silenciosa de passado
Circula o cherne: traído
Peixe recalcado...
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Sigamos, pois, o cherne,
antes que venha,
Já morto,
boiar ao lume de água,
Nos olhos rasos de água,
Quando, mentido o cherne a vida inteira,
Não somos mais que solidão e mágoa...
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Alexandre O'Neill
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