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Põe no teu rosto, amigo,
os meus dois olhos
e depois olha o mundo como eu.
E então me dá, amigo,
os teus dois olhos
para que eu olhe o mundo
como vês.
Depois, chega mais perto,
mais ainda.
Chega junto de meu rosto,
amigo, pra que eu me veja
nos meus olhos do teu rosto
e com os teus olhos nos meus.
Pois assim eu vou saber quem sou
sabendo em mim, amigo, quem tu és.
Depois, olha o teu rosto
com os teus dois olhos
no meu rosto, amigo,
para que saibas quem eu sou
e quem tu és.
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E assim... nos re-conhecermos
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E assim... nos re-conhecermos
nos olhos do amigo...
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Carlos Brandão
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