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A casa tinha os ouvidos virados para o mar.
Era branca como a maioria das casas antigas.
No telhado o vento e a chuva escorregavam, só os raios de sol permaneciam por mais tempo.
Quase não havia paredes por serem tantas as portas e janelas.
A casa era mais um entrar e sair do que um ficar.
Muitos passavam.
Eu passei.
Mas essa casa continua em mim.
Em minha pele seu cheiro se percebe de longe.
Sua forma não sai dos meus olhos.
E os passos de quem ali viveu ainda se arrastam em meus ouvidos.
Geraldo de Barros, aqui