.

No mármore adormecido
finquei estacas do sonho
e poli na pedra bruta
a bruta insensatez do amor.
Refiz a escultura.
Escrevi com
nome que era efêmero
na efemeridade do momento.
Passou o vento ventando ventania
sobre as estacas fincadas
profundamente.
Pó - nova fuligem de sonhos...
E outros mármores
escandalosamente adormecidos.
.
Giselda Medeiros
.