Estou de volta... como a primavera!

"Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa..."

Manuel Antonio Pina
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012


Desconheço a autoria da imagem

Porque hoje é sábado
uma borboleta amarela
pousou no meu quintal.

Porque hoje é sábado
tem muito colorido lá fora,
muita luz, muito verde
e muito sol...

Não gosto desses dias de sedução.
O meu poeta sempre aparece
com a mania de cantar
esperanças, e sabe perfeitamente
que aprecio as combinações.

O cinza no peito não combina
com o amarelo e muito menos
com todo esse colorido
da estação.

Nathan de Castro

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

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Os anos me ensinaram
a ver possibilidades
em cada verso
e em cada esquina.
Eles somente não
me ensinaram a arte
do encontro.
Fica esse vazio
de caverna nunca
explorada dentro
do peito enfartado
de poesia...
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Nathan de Castro
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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

"Luzes"

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Eu sei a lua, o sol e a cor dos teus cabelos,
quando na noite a estrela vem me brilhar versos.
E a cada linha e a cada ponto, em teus reflexos,
transcendo a dor e acendo as letras de escrevê-los.
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Misteriosa brisa acalenta as imagens
e nas manhãs despertam rimas no teu corpo.
No cais, um barco atraca sonhos no meu porto,
o mesmo sol, a mesma lua... E essas miragens.
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Eu sei o veio e o rio da paixão que emboca
águas de cachoeiras, lua, sol e os medos.
Eles espelham luzes de um beijo na boca.
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Sei um poeta e, agora, as penas destes dedos
voam nas folhas brancas de estrelas — gaivotas —,
para que à noite eu durma em paz, com meus segredos.
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Nathan de Castro
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domingo, 18 de janeiro de 2009

"Soneto Azul"

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— Ser ou não ser Azul. Eis a questão.
E existem muitos verdes nas florestas...
E existe a solidão do azul-canção
no céu de galhas nuas sem arestas.
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— Ser ou não ser... O branco em minha mão
é o mesmo branco em paz que faz a festa,
dormindo nos terreiros da ilusão:
saudades e paixões. Ainda me resta
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um verde de Poesia azul de luas
por entre as águas roucas dos meus rios.
— Quem vai gritar mais alto?... A cachoeira
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com sua voz de rochas seminuas
repete o mesmo veio e os seus feitios
têm pedras do Poeta... E eu sei poeira.
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Nathan de Castro

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

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Parem de Matar a Poesia do Amanhã
Nada mais a dizer... Ninguém escuta.
Estão todos ocupados em enumerar as suas
razões. Razões?....
Falam os fuzís!
Cala-se a poesia.
O rio de sangue leva os versos
em suas corredeiras sem destino.
As mães choram seus filhos.
Os filhos lançam granadas,
os filhos atiram nos filhos dos outros,
e todos obedecem ordens.
Os que ditam as ordens têm filhos?
Quanto rancor! Quanto ódio!
Quanta falta de poesia nesse mundo
que rejeita a única e soberana arma
da paz: o Amor.
Não, ninguém quer saber de quem é a culpa!
Não interessa quem começou.
Apenas parem com essa estupidez.
Parem de matar os filhos da Terra!
Parem de matar a poesia do amanhã!
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Nathan de Castro

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

"Soneto Desafinado"

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O meu poema é música sem partituras,
rabeca troncha e sonsa de uma nota só.
Paixão que bebe a doce clave das loucuras
nas batutas do amor, poeira, pedra e pó.
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O meu poema é mote de enganar agruras,
jazz que me envolve em tela azul de rococó.
Pincel, paleta e marcas de velhas cesuras
no corpo de sonetos que amarro e dou nó.
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Silêncio de relâmpago e luas desertas,
luares e palavras de aluar pateta,
para cumprir a sina: poeta ou poeta!
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Sigo pelos caminhos de portas abertas,
rasgando a solidão da palavra concreta,
desafinando a orquestra e a ponta da caneta.
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Nathan de Castro

terça-feira, 2 de setembro de 2008

"Soneto de Setembro"

..
Com voz de trovoada e olhos de coriscos,
o céu de cara feia afugenta o soneto.
Arrisco-me no verso livre, em branco e preto:
cantigas de setembros, chuvas e rabiscos..

Sinais de tempestades, flores, borboletas?
Versos de folhas verdes nas mãos do Poeta?
Quiçá, quem sabe a terra ensinando-me as letras
das cepas dos coqueiros de praias desertas?!.

Canções de erva-cidreira, picão e canela,
remédios para curar as paixões de agosto...
Sementes nos canteiros de eterno desgosto? .

Verso livre com cheiro de amor — primavera —
abóbora madura (onde estão minhas feras?).
Silêncio, outro soneto, e um sorriso no rosto. .

Nathan de Castro

quarta-feira, 23 de julho de 2008

"Devaneios"

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Não rabisquei poemas no teu colo,
mas deixei nele as marcas dos meus dentes,
e foram tantas marcas que o consolo
dos beijos se fazia sempre urgentes.
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Não naveguei canções no teu pescoço,
mas afoguei a língua nas enchentes
dos veios transbordados no alvoroço
das chuvas de cristais incandescentes.
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Hoje o silêncio é amigo dos sonetos,
que se vestem de estrelas, sem poesia,
— Poesia é o sumo doce dos teus seios —,
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mas neles guardo os sonhos incompleto
se cumpro a sina e solto a cantoria,
tingindo de saudade os devaneios.
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Nathan de Castro

sexta-feira, 2 de maio de 2008

“A Quaresmeira”

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A quaresmeira, lá no meu quintal,
pede passagem para a poesia
e as cores vivas pintam o madrigal
co'a cor dos olhos de uma estrela fria.

À tarde, a chuva chega em temporal
cumprindo a sempre triste melodia
do encanto da estação... canção austral
chamando a noite de uma estrela fria.

Arbusto feiticeiro, flor charmosa...
delírios disfarçando a venenosa
saudade roxa, feita sedução...

O teu segredo eu guardo numa prosa,
mas não revelo à pétala da rosa,
nem ao espinho, as cores da paixão.

Nathan de Castro

Interlúdio com ...

Will You Still Love Me Tomorrow - Norah Jones

Will You Still Love Me Tomorrow

Norah Jones

Tonight you're mine completely
You give your love so sweetly
Tonight the light of love is in your eyes
Will you still love me tomorrow?

Is this a lasting treasure
or just a moment pleasure?
Can I believe the magic of your sight?
Will you still love me tomorrow?

Tonight with words unspoken
You said that I'm the only one
But will my heart be broken
When the night meets the morning sun?

I like to know that your love
This know that I can be sure of
So tell me now cause I won't ask again
Will you still love me tomorrow?

Will you still love me tomorrow?
Will you still love me tomorrow?...

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