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Aos poucos,
pelos vãos dos dedos,
pelos nãos dos medos,
pelas mãos dos ledos,
pelos sãos dos credos;
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perdemos um pouco
do tudo que temos.
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E nos escondemos no sorriso mudo dos profetas,
na esquálida esperança das garrafas vazias.
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Porque perdemos tudo:
as praças, as taças e os brinquedos;
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assim,
pelos vãos dos dedos.
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Marcelo Lopes
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