Sei do que falas
quando falas de amoras silvestres,
de abrunhos azedos,
de figos a rirem-se
quando os olhámos, inabilitadas.
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Sei do que falas
Quando lembras caminhos
Percorridos a pé.
Por companhia, os cheiros das ervas
Que os nossos pés pisaram.
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Sei do que falas
Quando lembras infâncias
- A tua e a dos teus.
Com brilho nos olhos
Próprio das lágrimas.
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Sei do que falas
Quando falas do caminhado,
Porque por ido, não volta.
Mas sempre que quisermos
Fugiremos até lá.
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Guidinha Pinto
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