Mulher e espelho, by Mercuro B Cotto |
Silêncio, sempre em silêncio,
as mulheres refazem o penteado,
que as mãos forasteiras
da noite desmancharam.
É a hora do romper do dia.
A cor da madrugada
quase que dói por dentro da pele.
E não fora a urdidura de mágoas
antigas, elas dariam, à paisagem,
o nome de um deus solar.
Graça Pires
em "Quando as estevas entraram no poema"
Nenhum comentário:
Postar um comentário