Arte de Silena Lambertini
Se alguém disser que morri,
avança até à varanda do céu,
escuta a noite e recolhe o meu corpo
da espuma dos planetas.
Não deixes que o meu rosto
se dissolva nas tuas mãos,
insiste no meu nome
até que o mar ascenda à tua boca.
E de luar em luar celebra o coração
que fiz teu, mudamente,
como se o amor fosse sobreviver
às veias paradas do sangue.
avança até à varanda do céu,
escuta a noite e recolhe o meu corpo
da espuma dos planetas.
Não deixes que o meu rosto
se dissolva nas tuas mãos,
insiste no meu nome
até que o mar ascenda à tua boca.
E de luar em luar celebra o coração
que fiz teu, mudamente,
como se o amor fosse sobreviver
às veias paradas do sangue.
Vasco Gato
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