Fotografia de Dalva Nascimento
Que alvor, que amar, que música,
Nos céus, em mim, no ar!
A festa da existência
Me vem ressuscitar!
Nasço a cantar com os pássaros!
Surjo a brilhar com a luz!
Envolta em rosas cândidas
Ledo retomo a cruz!
Fonte de Ser! Espírito!
Mistério criador!
Eis-me! saí dum túmulo,
Como da terra a flor.
Eis-me! eu te escuto. Emprega-me.
Senhor, que vou fazer?
«Ama» bradou a voz íntima,
«Amar cifra o dever»
Antônio Feliciano de Castilho
(1800-1875)
Nenhum comentário:
Postar um comentário