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Por que o menino em mim é tão insone,
coberto de séculos, moinhos?
O menino depura o ar do homem
e na morte não deixa ele sozinho.
E nem a eternidade, esta azinheira
florida nos úmeros e linhos.
O menino perdeu-se numa feira
e o homem se privou da luz ao tino.
Pois o homem perece, enquanto brota
o limo da infância na planície
de vivos e mortos. E se esgota.
O menino depõe nos seus sapatos
as pegadas incaicas da velhice.
Onde andará no velho estes espaços?
Carlos Nejar
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