Imagem via Pinterest |
Cedo ao espanto que me torna por encanto.
Onde brindo lua.
Nua. Crua.
Ao teor da inspiração que trama a exaltação.
Embebe o céu dos ébrios.
Propício ao sumo, aos surtos, aos vícios.
Que pernoita o grau estrelar nas taças de vinhos
silêncios.
Cedo ao perfume suspenso que inebria aos cachos.
Por frestas, transpira signos na pele em flor.
Costura papoulas e lírios nos sítios –
linha mística dos tragos intimistas -
que afagados, sedam a carne dos afogados,
embalam a viva alma num sentimento sem jaula.
Que toma conta por dentro.
Da terra. Do vento. Do tempo.
Cedo até desvairar todo ar que dobra no peito
e sobra no fundo do olhar.
Até povoar o deserto, beber o universo e
no ventre estrelas entornar.
Território constelar dos sedentos.
Dos intentos. Dos inventos.
Cedo em alagadiços terrenos,
que penetram os movediços venenos.
Cris de Souza
Nenhum comentário:
Postar um comentário